Cultura indígena e 50 anos do colégio são temas de eventos no Mater Amabilis

Evento Cultural e Festa da Família, dos alunos do Fundamental, e Mostra de Artes, do Infantil, aconteceram no dia 19 de outubro

No sábado, dia 19 de outubro, duas grandes atividades agitaram o Colégio Mater Amabilis e O Pequeno Príncipe, a unidade de Educação Infantil da escola. Enquanto os estudantes do Ensino Fundamental participaram da Festa da Família e do Evento Cultural, que foram realizados juntos neste ano, os alunos do Infantil tiveram a Mostra de Artes.

O Evento Cultural trabalhou a temática indígena, seguindo a comemoração da Unesco que estabeleceu 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas. A Festa da Família, que até então era um evento independente e acontecia em outra data, foi realizada conjuntamente, de maneira integrada.

O evento contou com a presença de algumas etnias indígenas de Guarulhos, da aldeia Filhos Dessa Terra, que reúne 14 povos. Eles fizeram apresentações de música e dança, contação de histórias e mostraram a arte que produzem, como pintura corporal e artesanato. Um dos momentos mais aguardados foi o bate-papo com o escritor Daniel Munduruku.

Os próprios indígenas também conduziram atividades e oficinas durante a festa, como as de artesanato, instrumentos musicais, ervas medicinais e chás. Trabalhos realizados pelos alunos do colégio, como as fotos do Projeto Anhuma, que envolve observação de pássaros e lendas indígenas, foram expostos.

Para Luiz Antonio Gerardi Junior, professor e coordenador de projetos socioambientais e coordenador do Evento Cultural deste ano, trabalhar essa temática e integrar as famílias indígenas e as famílias do Mater na mesma festa foi algo inovador.

“Iniciativas como essa são fundamentais para quebrar estereótipos e preconceitos e mostrar que somos um país multicultural e multiétnico, pois são mais de 200 povos e línguas indígenas no Brasil. Poucos sabiam, por exemplo, que Guarulhos tem uma aldeia indígena. É uma oportunidade de estreitar a relação com esse universo”, diz o professor.

A ideia de ampliar o horizonte de conhecimentos dos alunos também marcou a Mostra de Artes da Educação Infantil. Ao contrário dos anos anteriores, quando um artista — preferencialmente brasileiro e que estivesse vivo — era selecionado para nortear a mostra, neste ano, as produções artísticas das crianças giraram em torno dos 50 anos da escola. As obras mostraram a vida e a trajetória da Tia Dília, a mantenedora do colégio.

As telas retrataram, por exemplo, como foi o início da escola — uma sala de aula com oito crianças na própria casa da Tia Dília. Os trabalhos também contemplaram as dependências do colégio, a fachada, o carrossel e os logotipos. As paredes da sala de escultura foram cobertas com banners com fotos antigas do Mater.

De acordo com Celma Rodrigues Kuhl, vice-diretora e coordenadora pedagógica da Educação Infantil e do 1º ano do Fundamental, a mostra é um projeto muito rico, pois permite que as crianças conheçam as manifestações artísticas, ampliando seu repertório de conhecimentos. “Além disso, também possibilita que elas se expressem por meio das artes e desenvolvam o gosto pela cultura”.

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